RAFFAEL ROCHA.

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FLAMENGO ATÉ MORRER ...
     Pode-se dizer que já "estreei" no blog. Meu texto sobre a aventura no Mineirão foi publicada nesse, o que me dá muito orgulho, pois o blog é uma investida na qual acredito e na qual me comprometi a colaborar. Fiquei muito satisfeito com o convite do meu novo amigo Alex pra participar desse espaço pequeno, porém valioso para que alguns de nós possamos mostrar um pouco das nossas idéias. 

      Ao mesmo tempo procuro algo especial pra postar, pois é a primeira vez que escrevo um texto específico e direcionado a postar no blog. Sou um cara simples, um apaixonado pelo Flamengo. Seria difícil se inspirar num momento como esse, pois nosso time não vive um momento dos melhores em campo, fora dele estamos passando por transições, mudança de mentalidade administrativa...Coloquei um Led Zeppelin pra me inspirar, pois pra mim é a maior banda de todos os tempos e nunca sai de moda..   Assim como o Flamengo, o Maior clube do mundo e que também nunca sairá de moda.

      Ser rubro-negro é um pouco disso, é saber que no Flamengo não existe maré mansa. Estamos acostumados a dramas, a provações, a turbulências. E isso não nos faz chorões como certos rivais. Nos fez mais guerreiros, mais fortes, mais homens. Não é qualquer coisa que nos abala. Porque o verdadeiro rubro-negro não se entrega jamais. Acreditamos na mística da camisa, acreditamos em Zico, acreditamos em tempos melhores...nós somos únicos. O Flamengo é único. 

      É difícil encontrar palavras para definir o Flamengo e os sentimentos que nos provoca...podemos recorrer a um canto recente da torcida..."tu és time de tradição...raça, amor e paixão ao meu Mengão...", podemos recordar um mais antigo  "Cante comigo mengão...acima de tudo rubro-negro!", mas acho que podemos ir mais longe ainda e simplesmente citar uma parte do hino..."eu teria um desgosto profundo se faltasse o Flamengo no mundo..."

     Poucas instituições no Brasil são tão agregadoras como o Flamengo. Prova disso é que ao sair na rua com o Manto, dificilmente não somos abordados. Seja por algum arco-íris mal resolvido, seja por outro rubro-negro boa gente(pleonasmo). Sou um cara que gosta de usar o Manto após derrotas, mas confesso que curto também tirar minha onda após as vitórias. E é fascinante sair com o Manto logo após uma partida e ouvir gente de todo tipo, toda cor, credo e classe social perguntar..."Cara, quanto ficou o jogo do Mengão?"

      Me lembro claramente de uma oportunidade na qual estava num elevador indo embora da casa de um amigo logo após uma vitória do Mengão. Entra uma senhora já de idade, me vê com o Manto e pergunta qual foi o resultado do jogo. Ao ouvir que havia sido uma vitória, soltou um sorriso que me provocou ao mesmo tempo um certo sentimento de inveja(boa) de um daqueles soldados que estavam em campo honrando o Manto e também uma alegria imensa de poder compartilhar com ela desse sorriso. 

      Às vezes penso...porquê não resolvi torcer pra Portuguesa, ou pro Entrerriense, ou pro Bragantino? Sim, porque desse jeito não sofreria tanto, iria sempre dormir cedo, teria menos preocupações, leria mais livros... 

      Mas quer saber??? Prefiro continuar passando raiva, sufoco, sustos, angústia...prefiro dar bons resultados(e maus tbm, pq não?)às pessoas na rua, prefiro ver o Maracanã rubro-negro lotado como nem a Seleção consegue lotar...prefiro ver caras como o Love tristes em ir embora do Mengão. Prefiro ver títulos como o de 2009, pois redenção faz parte da história do Flamengo. Altos e baixos todo mundo tem. Nas nossas famílias, nos relacionamentos, na vida profissional. Citei o Led Zeppelin anteriormente. A primeira música do primeiro disco deles se chama "Good Times Bad Times", que significa "Tempos bons, tempos ruins". E no Flamengo é assim. Verdadeiros rubro-negros declaram seu amor em todos os momentos da história.

      O porquê disso tudo? Já citei nesse texto... 

      Porque eu teria um desgosto profundo se faltasse o Flamengo no mundo...